Isaías, o evangelista do 5º evangelho

Haddon Robinson escreveu sobre o relógio mais complexo do mundo que fica no centro da cidade de Copenhague, capital da Dinamarca.

Levou quarenta anos para ser construído, e custou mais de um milhão de dólares. O relógio tem dez faces diferentes e quinta mil peças. Ele calcula a hora do dia, os dias da semana, os meses, os anos e os movimentos dos planetas por dois mil e quinhentos anos.

A coisa mais intrigante, de acordo com Robinson, é que o relógio ainda não é perfeitamente preciso. Ele perde dois quintos de um segundo a cada trezentos anos. Assim como todos os relógios feitos por mãos humanas, essa obra de arte em Copenhague precisa ser ajustada pelo relógio mais preciso que a humanidade conhece: o próprio universo.

Esse relógio astronômico feito pelas mãos de Deus, contendo bilhões de peças em movimento, desde átomos a estrelas, marca o tempo com total exatidão e jamais perdeu sequer um quinto de um segundo. Os movimentos desse relógio são tão exatos que todos os relógios na terra são ajustados de acordo com ele.

O mundo criado por Deus é o padrão do tempo. De forma parecida, a Palavra inspirada de Deus é o padrão para toda a vida. Em qualquer geração, o certo e o errado são conferidos de acordo com a Santa Palavra de Deus. A própria vida pode ser medida pelo cânon, a vara de medir, das Santas Escrituras.

O título do livro, Isaías, deriva do autor, cujo nome significa “O Senhor é salvação”, e é semelhante aos nomes Josué, Eliseu e Jesus. Isaías é citado diretamente no NT mais de 65 vezes, muito mais do que qualquer outro profeta do AT, e mencionado por nome mais de 20 vezes. Isaías foi contemporâneo de Oséias e Miquéias.

Isaías ministrou durante o período de quatro reis de Judá: Uzias (792-740), Jotão (750-732 aC), Acaz (744-715) e Ezequias (728-686).

Dois temas principais correm ao longo do livro.

Existe a exortação a "Confiar no Santo de Israel". A fé no Senhor assegurava o perdão por suas transgressões e a libertação de seus inimigos. Oito vezes o povo é exortado a "esperar no Senhor" (cf. Is 40, 28-31). Outra mensagem dominante é "O Messias que há de vir e a glória do Seu tempo" é. Isaías falava frequentemente dos eventos que viriam, predizendo a queda das nações pagãs e do estabelecimento do reino do Messias que governaria com justiça e integridade (cf. Is 2.1-5).

4. Os capítulos 1-39 tratam da ameaça Assíria e da ameaça babilônica, especificamente nos capítulos 13-14, 21 e 39. Os capítulos 40-55 tratam do período persa e da restauração do povo de Deus à terra prometida.

5. Os últimos capítulos de Isaías 56-66 são escatológicos, usando metáforas históricas do antigo oriente próximo para encobrir a adoração mundial monoteísta universal de YHVH.

Então, começando com o Livro de Isaías e continuando pelo Antigo Testamento, estamos na seção profética da Bíblia. O homem não pode prever o futuro. Podemos ver isso nas previsões meteorológicas. O meteorologista tem muita dificuldade em dizer o que realmente vai acontecer nas próximas 24 horas, mesmo que ele tenha a ajuda de todo aquele tipo de aparato científico e mecânico que ele pode usar nessa situação. Na realidade é que nenhum dos meteorologistas atuais aos quais você, eu e muitas pessoas prestamos tanta atenção diariamente, poderiam ter sobrevivido em Israel, mas teriam sido declarados falsos profetas.

Alguém contou cerca de 300 profecias, todas cumpridas uma após a outra, literalmente relacionadas a vinda do Messias. Nenhum homem pode adivinhar dessa maneira. As chances disto acontecer seriam de 1/93.

Agora, a questão, como as pessoas daquela época sabiam se aquele profeta estava realmente falando em nome de Deus? Deus cuidou disso. Em Deut. 18.20-22, podemos observar uma parte específica da lei que está relacionada aos profetas.

Como saber se ele era um profeta verdadeiro ou não? Bem, ele tinha que falar sobre uma situação local, e veremos mais tarde que Isaías fez exatamente isso. Lei matemática das probabilidades compostas.

Por que Deus deu tantas profecias sobre a primeira vinda de Cristo? Foi devido à importância daquele fato da vinda do Senhor Jesus Cristo a este mundo. E Deus não queria que os homens deixassem de saber quando Cristo viria. Deus não queria que os homens tivessem desculpas.

Ele era, segundo a tradição, de uma rica família nobre de Jerusalém, possivelmente um primo do rei Uzias. Era casado com uma profetisa (8.3). Primeiro filho "Sear-Jasub", que significa "um remanescente retornará". Segundo filho "Maher-Salal-hasbaz" (8.3), que significa "ilumina a ruína", "ilumina a expropriação".

Isaías teve um dos ministérios proféticos mais longos de todos os profetas do A.T. Ele foi o porta-voz de Deus em Judá desde o reinado de Jotão (742-735ac) até o de Ezequias (715-687 aC) com a possibilidade até mesmo de ter alcançado o reinado de Manassés (687-642 aC); possivelmente Manassés foi co-regente de 696 aC. Se II Crônicas 26.22 se refere a Isaías, então ele era o escriba oficial e guardião das crônicas do rei. A tradição diz que foi cortado em dois dentro de um tronco (ver a conjectura de Isaías) durante o reinado de Manassés (ver Hebreus 11.37).

DATA. A. Isaías faz parte dos profetas do século 8.1. Jonas, Amós e Oséias no reino do norte (Israel), durante o reinado de Jeroboão II (786-640 aC). 2. Isaías e Miquéias no reino do sul (Judá). Foi chamado para o ministério profético no ano em que Uzias morre (6.1).

II Reis 14.3-17.6. 2. II Crônicas 25-28.

Contexto social

Era uma época de prosperidade econômica e expansão militar para Israel e Judá. No entanto, essa prosperidade foi benéfica apenas para a classe rica. O pobre era explorado e abusado. A prosperidade se tornou um ídolo!

Contexto religioso

Era uma época de muita atividade religiosa externa, mas pouca fé verdadeira. Os cultos da fertilidade de Canaã uniram-se à religião de Israel. As pessoas eram idólatras, mas diziam que eram de YHVH. A tendência do povo de Deus para alianças políticas os envolveu na adoração e práticas pagãs.

Propósito

(1) Confrontar a própria nação, e outras nações contemporâneas, com a palavra do Senhor, mostrando-lhes seus pecados e o consequente castigo divino. (2) Profetizar esperança à geração futura de exilados, que seria restaurada do cativeiro, e à qual Deus redimiria como luz aos gentios. (3) Mostrar que Deus enviaria o Messias davídico, cuja salvação abrangeria todas as nações da terra, suscitando esperança no povo de Deus, tanto do antigo como do novo concerto.

Verdades principais

Isaías exige a fidelidade de Judá à aliança davídica (II Samuel 7), mas ele também voltou ao propósito original da aliança abraâmica (Gên. 12.1-3), que era Deus escolheu Israel para que através deles alcançasse o mundo (Êxodo 19.5-6). Quão horrível esse reinado universal de YHVH poderia ter sido. Deus não apenas restaurará Israel, mas estenderá o plano redentor a todo o mundo!

Os profetas eram todos muito nacionalistas. Eles repreendiam o pecado tanto nos lugares altos como nos baixos. Eles alertaram a nação. Eles imploraram ao povo orgulhoso que se humilhasse e voltasse para Deus. Fogo e lágrimas se misturaram em suas mensagens, eles tinham uma mensagem de perdição e tristeza. Mas eles também puderam ver o dia do Senhor e a glória que viria. Todos eles olharam através da escuridão em direção ao amanhecer de um novo dia, e na noite do pecado, eles viram a luz da vinda do Salvador.